A sensibilidade normal depende da integridade dos nervos e das finas terminações nervosas que se encontram sob a pele, sendo fundamental para a preservação e para a função dos olhos, mãos e pés. Na presença de alterações sensitivas mínimas uma conduta oportuna pode reduzir os riscos de perda da sensibilidade protetora destas áreas do corpo.
As alterações de sensibilidade na hanseníase processam-se na seguinte ordem: a primeira sensibilidade a ser alterada é a térmica, depois a dolorosa e por fim a tátil. Por esse motivo é importante, para fins de prevenção, detectar precocemente essas lesões.
Para a realização da pesquisa de sensibilidade são necessárias algumas considerações:
Ø Explicar ao paciente o exame a ser realizado, certificando-se de sua compreensão para obter maior colaboração;
Ø Concentração do examinador e do paciente;
Ø Ocluir o campo visual do paciente;
Ø Selecionar, aleatoriamente, a seqüência de pontos a serem testados; tocar a pele, deixando tempo suficiente para o paciente responder. Repita o teste para confirmar os resultados de cada ponto;
Ø Na presença de calosidades, cicatrizes ou úlceras, realizar o teste em área próxima, dentro do mesmo território específico;
Lembrar: quando o paciente examinado apresentar ausência de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, esta lesão é chamada Anestésica (ausência total de sensibilidade) e, quando apresentar perda parcial da sensibilidade, isto é, preserva ainda alguma delas, este paciente apresenta uma lesão ou área hipoestésica.
Fonte: Ações de controle da Hanseníase na Atenção Básica- Manual de treinamento. SESPA, Belém, 2010.
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