sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NATAL SOLIDÁRIO

Natal Solidário.
Participe doando alimentos não perecíveis (até 15/12) que serão distribuídos aos
pacientes acometidos por hanseníase e em vulnerabilidade social, que são atendidos na URE Dr. Marcello Candia. localizada em Marituba (PA).
As doações serão entregues no dia 16/12/11, às 09:00h, nas instalações da URE, localizada na Av. João Paulo II, S/Nº, Marituba - PA.
Contato: renovaes@gmail.com ou Renata Novaes (91) 8832-5051.
Podemos retirar as doações no local indicado.
PARTICIPE COLABORANDO E DIVULGANDO!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Grupo autocuidados






No período de 17 a 19/08/2011 realizamos uma oficina sobre autocuidados na URE Dr. Marcello Candia para profissionais da Região Metropolitana de Belém. Estiveram presentes psicólogo, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais entre outras categorias profissionais. A idéia foi apresentar a proposta ministerial de implementar grupos nas unidades de saúde e socializar a experiência do grupo de autocuidados da URE. Foi uma ótima oportunidade de troca e de compartilhamento de informações, vivências e emoções. A equipe está de parabéns!!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pessoal, a URE Marcello Candia através de seus servidores estará presente na VII Conferência Municipal de Saúde do Município de Marituba que será realizada no dia 30 de Junho de 2011 no IESP. O tema será " Todos usam o SUS, SUS na seguridade social, Política Publica Patrimônio do Povo Brasileiro com o seguinte eixo: Acesso e acolhimento com qualidade- um desafio para o SUS. Nesta oportunidade, os servidores estarão defendendo melhores condições de trabalho para os trabalhadores e na melhoria da gestão nos aspectos políticos e administrativos. Eis as propostas apresentadas pelos trabalhadores na pré-conferência dos trabalhadores:  
1- Ampliação e regularização do transporte coletivo
2- Providenciar a segurança publica nas unidades
3- Aumento do percentual de insalubridade pago aos servidores da URE
4- Implantação da Política Nacional de Formação Continuada
5-  Instituir o PCCR dos servidores da SESPA
6-Aumentar o teto financeiro da URE a fim de melhorar a oferta de serviços e aumentar o valor da GDI
7-Implantar casa de passagem para que usuários que necessitem pernoitar para atendimento em hanseníase.
8-Implantar a política de Saúde do trabalhador para acompanhamento médico dos servidores
9- Reconhecer a URE como Centro de Formação em Hanseníase com valorização dos servidores que atuam nas capacitações.
10- Implantar núcleo descentralizados de serviços públicos para que os servidores não precisem se deslocar para Belém
11- Pactuar os serviços da oficina ortopédica com os municípios que utilizam seus serviços.
12- Transformar a URE em referência nacional
Vamos á luta!

Fotos do treinamento do mês de Maio na URE Dr. Marcello Candia





quinta-feira, 31 de março de 2011

Fotos participantes Treinamento

Olha como ficamos bonitos!
Parabéns a todos que participaram do treinamento na URE!
Continuem firmes na opção profissional que escolheram!



quarta-feira, 23 de março de 2011

filme Tony Melendez


Pessoal eis um bom filme para trabalhar a questão do preconceito e da superação nas nossas palestras e treinamentos.


Treinamento em hanseníase

No período de 21 a 25/03/2011 está ocorrendo o 1º treinamento em Atenção integral em Hanseníase na Ure Dr. Marcello Candia. Participam profissionais médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de laboratório da 7ª CRPS da SESPA (municípios de Soure, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari) e profissionais do Garrafão do Norte. Estão sendo abordados os aspectos epidemiológicos, clínicos, de prevenção de incapacidades, autocuidados em hanseníase, órteses e próteses, aspectos psicólogicos, nutricionais e de direitos sociais. É um momento de compartilhamento do conhecimento e de fortalecimento da luta contra o adoecimento de pessoas com hanseníase no Estado.

1ª reunião do Grupo de Autocuidados em hanseníase na URE Dr. Marcello Candia

No dia 03/03/2011 fizemos a 1ª reunião com o Grupo de autocuidados em hanseníase da URE Dr. Marcello Candia pela manhã. O Grupo da Tarde reunir-se-á no dia 29/03.
Era um momento muito esperado por toda a equipe e usuários. Para tanto, nos preparamos durante dois meses. E o resultado nos surpreendeu. Foi um encontro muito interessante! Participaram usuários, profissionais de saúde, acadêmicos de medicina. Conversamos sobre os sinais e sintomas da hanseníase, fizemos dinâmicas, os usuários puderam expor seus processos de adoecimento e ao final definiram que no próximo encontro dia 06/04 discutiremos sobre direitos sociais e decidiremos o nome do grupo. São momentos importantes de troca, de socialização do conhecimento e de protagonismo social!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Grupo de autocuidados em hanseníase

A URE Dr. Marcello Candia seguindo as orientações Ministeriais iniciou o processo de implantação dos Grupos de autocuidados em Hanseníase. Para tanto, os participantes serão avaliados a partir das escalas salsa e participação que visam identificar as limitações físicas e o impactos destas na vida social dessas pessoas. A previsão é que os grupos iniciem em Março de 2011. Busca-se estimular o protagonismo dos usuários para que possam desenvolver ações de autocuidados.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Retomar a dimensão do cuidado faz-se indispensável


As práticas de saúde na atualidade tem sofrido os impacto gerados pela moderna sociedade contemporânea. Retomar a dimensão do cuidado, como prática libertadora faz-se imprescindível.

A sociedade alcançou um nível de desenvolvimento tecno-científico e comunicacional nunca sequer imaginado por nossos ancestrais. A espécie humana mesmo uma das mais frágeis do reino animal venceu e dominou. Venceu e dominou as intempéries da natureza; venceu e dominou outros animais do mundo animal; venceu e dominou territórios; venceu e dominou as distâncias e as barreiras comunicacionais; venceu e dominou as técnicas de tratar enfermidades; descobriu a cura de males que dizimaram populações, mas nesse processo de cientificação, perdeu-se na sua essência, no cuidar de si e do outro. Cuidado que se expressa na natureza da vida. Sem cuidado e cooperação, nossos ancestrais não teriam sobrevivido, não teriam resistido. Foi a força do cuidado, manifesto na cooperação, na consciência de si e do outro, que nos permitiu chegar tão longe.

Como compreender essa dicotomia: avançamos na tecnologia para preservar a espécie, para cuidar do outro, mas nos desumanizamos. Retomarmos nossa humanidade perdida faz-se urgente. Não é admissível que achemos normal a fome, a miséria, crianças maltratadas, submetidas ao trabalho, aos abusos sexuais, ao mundo do crime, a violência, ao desamor; não é aceitável que a hanseníase, continue em pleno século XXI imperando como uma doença que avança sobre as populações menos favorecidas economicamente e sobre as crianças! Não se pode ficar sem questionar as relações de poder que favoreceu tanto estudos, pesquisas para descobrir novos tratamentos, técnicas, equipamento de ultima geração para dar suporte ao diagnóstico e tratamento de algumas doenças e a hanseníase dependa da acuidade visual dos profissionais. Embora a introdução do PQT tenha sido um avanço inestimável, mas precisa-se avançar mais.

Como deixar uma doença tão complexa em seu diagnóstico, tratamento e cura que depende de tantas variáveis, a mercê da acuidade visual? Sabe-se das dificuldades que as práticas institucionalizadas do cuidar da saúde enfrenta: baixo capital social e político da clientela; os tabus alimentares, os mitos que envolvem a relação saúde-doença; unidades de serviços de saúde precários com oferta de serviços menor que a demanda; poucas iniciativas de educação e saúde; numero reduzido de profissionais de saúde; ausência de uma política séria de cargo, carreiras e salários; profissionais de saúde com inúmeros vínculos profissionais que pactuam, em que pese as várias exceções, com a sociedade e gestores um pacto de que “não pagam o que mereço, então não cumpro meu horário para que fui contratado”.

Então, como ter tempo para “olhar o usuário” para “cuidar” ? Daí, ser este um dos fatores que tem propiciado o erro diagnóstico e o avanço da doença para as formas mais graves e para os segmentos mais vulneráveis da sociedade: as crianças.

Além do que, muitos profissionais, ainda tem a perspectiva de um saber controlador em oposição a um compartilhamento de um saber mais libertador, mais protagonizador. Dessa forma, a escuta fica prejudicada, o olhar fica “embaçado”. Retomar a dimensão do cuidado através da escuta sensível, do olhar mais atento, pode nos ajudar a diminuir esse quadro tão grave da hanseníase no Estado do Pará por que não dizer do Brasil?. É preciso ter mais consciência do papel social, da responsabilidade, da grandiosidade de ser um profissional de saúde, a despeito das enormes dificuldades que muitos bravamente enfrentam nesse Estado de dimensões continentais sem o suporte necessário.

O cuidado aparece somente na perspectiva de uma estética reducionista a uma valorização da imagem a partir de determinado recorte de classes sociais. Os menos favorecidos socialmente, tendem a se observar menos porque precisam lutar pela sobrevivência diária. Daí uma das dificuldades do diagnóstico precoce. As manchas na pele são consideradas comuns em meio a outros sinais provocados pelo processo de exclusão social. Há uma certa conformidade, mesmo porque a hanseníase no primeiro momento é assintomática. Assim, de um lado tem-se unidades de saúde cujas demandas são maiores que as ofertas de serviços e profissionais que perderam a capacidade de olhar, de examinar mais detalhadamente o paciente; de outro tem-se uma população que são se percebe portadora de direitos.

Por ser a hanseníase uma doença crônica com grande poder incapacitante, o Ministério da Saúde recomenda como uma das dimensões importantes do cuidado em hanseníase, o autocuidado, revelando a necessidade do protagonismo social dos usuários do SUS com hanseníase. O autocuidado expressa a percepção das necessidades específicas de cada um nos aspectos físicos, mentais e emocionais, o que envolve responsabilidade, autonomia e liberdade. O autocuidados em hanseníase proposto pelo Ministério manifesta-se a partir da observação sistemática da face, mãos e pés, visto serem áreas mais comumente afetadas pela doença.

Para além do autocuidado reside o resgate da auto-estima, do protagonismo social, de homens e mulheres que se redescobrem autônomos e co-produtores de sua saúde. Assumindo-se como um sujeito social dotado de direitos e deveres que tem na dimensão do cuidado sua fonte de realização, não admitindo ser tratado de outra forma. Para tanto, faz-se necessário um novo processo pedagógico, um aprender conjunto de usuários e profissionais de saúde, saindo da medicina curativista, que só informa quão importante é o autocuidado, mas que acima de tudo, fomentem um resgate de cidadania, de empoderamento social.

É PRECISO RETOMAR A DIMENSÃO DO CUIDADO E DO PROTAGONISMO SOCIAL DOS AGENTES ENVOLVIDOS.

Bom início de ano!

Mais um ano inicia e com ele antigas preocupações, entre elas a questão da hanseníase. Temos um ano pela frente, de muitos desafios diante de uma doença que avança sobretudo entre a população menos favorecida economicamente. O que fazer? Como fazer? Me parece ser as questões chaves. Temos um ano para planejarmos e desenvolvermos ações que possam efetivamente quebrar a cadeia de transmissão da doença. É preciso que façamos alguma coisa. E podemos começar a partir desse mês, cujo dia 31 foi instituído pela OMS como o Dia Mundial de Combate a hanseníase. Que este dia seja um pontapé inicial de um trabalho que deve durar o ano inteiro. Se todos os serviços de saúde e os profissionais de saúde que nele estão, fizerem sua parte, com certeza poderemos ter um ano decisivo.BOM INÍCIO DE ANO, BOM TRABALHO E BOA SORTE PARA TODOS NÓS!